Importante

Há uma coisa que eu ainda não aprendi. Não esperar nada em troca do que você faz pelos outros.
Não. Nunca fiz nada pensando no que eu poderia receber depois. Faço as coisas por espontaneidade, com gosto. Com amor. O problema é que eu PRECISO ser amada. E quando eu me sinto 'de lado', a primeira coisa que me passa à mente é exigir o meu direito de ser amada. EU QUERO AMOR TAMBÉM, UÉ?
Mas nem todo mundo tem saco ou coração suficiente para aguentar meus maiores defeitos. Ou talvez não tenham tempo suficiente para demonstrar carinho e afeto.
O fato é que eu preciso me desprender disso. Eu preciso aceitar o amor, quando ele vier, e despreza-lo em sua falta.
Preciso aprender que não existe esse negócio de 'amor com amor se paga'. Não se paga. Amor não tem preço. Nem mesmo o amor pode pagar o amor. Ele é único. Cada sentimento é único.
Assim como eu não posso forçar um garoto de quem eu gosto a gostar de mim só porque gosto dele, não poso forçar meus amigos a demonstrarem mais amor por mim. Não posso. Mas morro pra isso.
Todos os dias eu me seguro para não falar na cara de cada um deles que 'ESTÃO ME DEIXANDO SOZINHA!'.


Em uma mesa cheia de gente, como pode uma só pessoa reparar que você existe ou que também gosta de conversar?
Aí vem a desculpa: 'Ah, mas eu não sabia que você gostava de conversar sobre isso!'.
Taí. Não me conhece então. Custa arriscar? É melhor deixar a pessoa entediada do que sozinha. Pelo menos no meu caso.
Cara, sou uma pessoa tããããão fácil de desvendar. Se você passar um dia comigo, deixando só eu falar, você percebe coisas só no olhar. Algumas atitudes já dizem como eu sou em dez diferentes situações. Agora, eu acho que eu sou muuuuito sem graça mesmo. Ninguém se interessa em prestar atenção aos detalhes.
Ah, os detalhes. Podem revelar tanto.
E cada vez mais, nesse ritmo, ando mergulhando na solidão. Chego a sentir falta da minha casa, o lugar mais conturbado que eu conheço. Mas lá, pelo menos, ninguém me deixa sozinha. Se alguém me vê brava, se arrisca até a arranjar briga comigo, mas verifica a fundo o que aconteceu. E eles não sabem nem metade do que meus amigos sabem sobre mim.
O problema sou eu. Tenho que aprender a não esperar nada em troca. Não me chatear quando me deixarem sozinha. Não chorar quando esquecerem de mim. Não ficar brava quando preferirem outra pessoa. Nem discutir, pra não levar bronca. Sim, porque eu sempre levo. Se eu abrir minha boca pra reivindicar alguma coisa, nunca tenho razão. É que eu sempre coloco as pessoas em um pedestal no qual elas não querem estar.  Eu amo demais. E a culpa sempre vai ser minha. Porque 'eu não pedi pra você gostar de mim assim! Isso é coisa da sua cabeça!'
Okay. O pior é que se vingar também está fora de cogitação. Não aja friamente. Não ignore. Não esqueça, nem exploda. Ajude quando estiverem mal. mesmo que você esteja pior. Elogie, faça seu amigo se sentir bem. Mesmo que ele te faça se sentir um lixo (geralmente 'sem perceber'). Salve o dia dele. Mesmo que o seu tenha acabado ali. Faça ele viver. Nem que para isso, você precise morrer pra si mesma.
Tá hard... Bem tenso. À vezes me pergunto se conseguirei sobreviver à isso. Me faço de forte todos os dias. Sendo que, bem lá no fundo, estou em pedaços. Não posso estar triste. Eles precisam do meu sorriso. Ninguém gosta de pessoas de mau-humor. O jeito é colocar uma máscara. Que está quase no chão.
Eu criei esse blog, desde o início, porque eu precisava soltar isso. Não posso falar diretamente para as pessoas porque dói. Machuca. E elas sempre vão se autoproteger. Mas tudo passa. Um dia passa.
Só precisava de alguém. Uma pessoa. Uma razão pela qual posso ser eu. Alguém que goste de mim. Dos meus defeitos, das minhas qualidades. Que realmente reconheça e me conheça bem. Alguém que realmente se IMPORTE. Para que eu possa voltar a existir em um plano real....