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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Entre tapas... E beijos

E começa outra briga.

- Você me traiu! Você saiu com aquele cara!

- Eu te traí? Aham, eu te trai, eu te trai (irônica)... Você sai toda semana pra ficar com um monte de mulheres e agora eu te traio??? É bom você rever seus conceitos, viu queridinho!?!

- Vagabunda... Nem sabe do que tá falando! Minhas amigas não são vadias que nem você não!

- Ah é?! Pois são piores!!! Sabem que tem dona e ficam aí, que nem urubus em cima dessa carniça (aponta pra ele)... Nem sei por que eu to gastando tempo pra conservar isso aqui (aponta pra casa)! Sua palavra não vale nada!

- Olha aqui, você me respeita e respeita o nosso lar...!!!


- Que tipo de homem você é??? Hein?! Hein? Sempre foi um covarde, um sem iniciativa...

- Cala a boca mulher! Parece idiota, não sabe nem o que tá falando...

- RÍ-DI-CU-LO! É isso que você é! Um ridículo. Seu merda!

Ele avança na direção dela, com a mão esquerda aberta, carregando um tapa...

- Ah, vai me bater??? O machão vai me bater, vai?! Acha que é homem o suficiente pra me bater? Duvido. DUVIDO! Covarde! Seu merda!

A mão não esperou por mais tempo, e seguiu em direção a face dela. Um potente tapa. Ela, esbaforida, coloca a mão sobre a área atingida, quase como que não acreditando que havia ossos ali.

Com o cabelo no rosto e um olhar lacrimejado, ela solta uma risada sarcástica.

- É assim que você prova que é homem? Então bate! Mas bate com força! Bate sem pena! Vem, me bate! Bate mais forte, bate! (risos sarcásticos) Vem! Vem se vingar!

Após o discurso, ele a prensa na parede, com toda sua força. Segura os braços dela mais para o alto, e usa o próprio corpo pra prender o dela.

- Presta atenção mulher... Não me provoca... Não me provoca porque depois acaba pedindo água!

- Não vai me bater? Vai não? Me bate! Vem, me bate! (sedutora)

Ele aumenta a pressão e a força sobre o corpo dela... Chega bem coladinho no rosto e olha nos olhos dela.

- (sussurrando) Você não presta... Você não vale nada...

- (risos) Eu sou o que você merece. Só isso.

Um beijo ardente sucumbiu a ira dos dois. Naquela madrugada, não sobrou pedra sobre pedra naquela casa.

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