O objetivo do filme é, basicamente, retratar e contemplar a
amizade de crianças de doze anos nos anos 70. Ao mesmo tempo em que o roteiro é
improvável, os sentimentos dentro da história o tornam possível. Não seria uma aventura comum quatro amigos procurarem por um
cadáver, mas, pela época, brincar em trilhos de trem e ter um clube na casa da
árvore já chega um pouco mais perto da realidade. Essas circunstâncias, um
grupo de garotos que moram perto e estudam juntos, montam um quadro perfeito
para uma amizade firme. A convivência traria boas histórias e a fase (idade)
tornaria os laços fortes, pois eles estariam passando pela mesma problemática
juntos, um ao lado do outro, no mesmo nível. Não por eles terem a inocência da
infância, mas por terem tanto em comum, ainda que a carga familiar e as
experiências de crescimento tenham sido diferentes, naquele determinado momento
eles são iguais e essa equalidade torna a amizade sem reservas e sem
interesses. É preciso a maturidade de aceitar o próximo com seus defeitos e
qualidades para manter o relacionamento. Também é preciso saber lidar com o
outro, é preciso dedicar tempo para conhecer, entender e aprender a lidar com
cada particularidade de uma pessoa. Tudo isso parece ser mais fácil na infância
porque tudo parece novo nessa época, tudo é interessante e aprender é rotina.
Durante a infância, não temos prioridades, portanto não adquirimos responsabilidades,
e dessa forma não deixamos nenhum “tópico” de nossa vida se sobrescrever no
outro. Não subtraímos valor de nada. Quando adultos, torna-se uma questão de
caráter manter uma amizade ou não. Alguns conseguem manter amizades puras como
as de doze anos, outros simplesmente não podem. Não é que tudo seja relativo,
mas quando se trata de pessoas, graças à D-s, todos são particularmente
diferentes uns dos outros.
Quem dera nossas rotinas fossem preenchidas pelas descobertas pueris. Stand by me, Babs. <3
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